sábado, 13 de julho de 2013
Silenciosamente longe de si
Ela queria fugir do barulho que a perturbava mas não sabia a sua origem. Fugiu do vento, do mar e das folhas. Fugiu das festas, das conversas e dos telefonemas. Fugiu da árvore que batia contra a outra e fugiu das flores que se soltavam ao tempo. Fugiu do céu, das estrelas e do véu. Chegou a fugir de casa pois teimavam em bater na porta. Fugiu do trânsito, do trabalho e dos hobbies. Fugiu dos livros, das páginas que se passavam e da cor. Ela chegou a fugir de si e assim acabou percebendo que todo esse barulho que a incomodava, sempre esteve dentro dela mesma.
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