quarta-feira, 22 de maio de 2013

Estrelar em preto e branco

Meu -talvez- erro foi ter te dado a liberdade. Quando você disse que ia, e eu deixei. Não direi que rachou meu coração, pois não sei se eu ainda tinha um. Não deixarei que seu sorriso me faça mudar de ideia. Lembra quando estávamos admirando as estrelas e então eu te disse que a lua era única? Sempre te disse que o que realmente importava, era a lua, pois tinha qualidade. Estrelas, em si, só têm quantidade. Você sempre preferiu admirar estrelas, estão lá estávamos nós, deitados em um canto qualquer olhando vários pontos brilhosos no céu. Após, você sumiu, evaporou, se foi. Continuei minha vida, pra que chorar aos prantos por alguém que se foi por vontade própria? Qual seria o sentido da minha vida se eu a vivesse por você? Digamos, comprei o melhor apartamento que pude, da varanda eu só via estrelas, porque diabos eu não olhava para a lua? Porque eu sabia que a minha Lua, nesse momento, estava deitada, jogada em algum canto com um outro alguém. Lembro dos teus sonhos, voar, era o principal. Te ofereci que juntássemos dinheiro para comprar um avião, você riu. Hoje, percebo que queria asas. Queria liberdade, queria um vida sem… Bom, queria um vida sem que eu não interferisse. Hoje? Estou vendo que as estrelas realmente são lindas, e todas iguais a olhos nus. Talvez uma brilhe mais que a outra, talvez essa leia livros, aquelas, sem brilhos, quase apagadas, são a que precisam acordar para a vida e perceber que algum dia alguma coisa irá dar certo na vida delas. Nesse exato momento, estou vendo tv, comprei a melhor da loja. Ela está em preto e branco, aliás, tudo na minha vida está meio sem cor quando percebi que te sufoquei com minha solidão.

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